Equipe RC3 Bassani/Petronas/Chocolates Garoto faz treinamento
diário de pit stop na oficina
Ainda faltam
mais de 15 dias para a corrida de Stock Car nas ruas de Ribeirão Preto (SP),
mas o trabalho nas oficinas das equipes continua árduo. Mesmo que já tenha se
passado um mês da última prova, os mecânicos continuam com a revisão e
remontagem minuciosa dos equipamentos. Mas tem outra atividade que os times
estão constantemente atentos e treinam quase diariamente em suas bases: o pit
stop.
Artifício
criado para dar mais emoção durante as corridas e aumentar a exposição do
trabalho em equipe, na maioria das etapas de Stock é criada uma janela de
voltas em que os carros são obrigados a entrar para a área dos boxes para
reabastecer e, se necessário, trocar pneus.
Esta
atividade pode ser determinante para o resultado final da competição. Caso
algum mecânico se atrapalhe, a perda de tempo pode jogar o piloto para trás, ao
mesmo tempo em que o time que for mais rápido pode aumentar a sua vantagem na
pista ou mesmo ganhar posições.
"Este trabalho com a opção de
troca de quatro pneus dura menos de 20 segundos, por causa das restrições regulamentares
que temos. Isto exige muito treinamento, que tem que ser constante na oficina e
também durante os treinos oficiais, com situação mais próxima do real, quando
entra o componente do stress nervoso", comenta o engenheiro Eduardo Bassani, chefe da equipe
RC3 Bassani/Petronas/Chocolates Garoto.
Pelo
regulamento, apenas cinco pessoas podem se envolver na operação durante o pit
stop e um sexto elemento pode atuar na frente do carro como ‘plaqueiro’,
sinalizando aonde o piloto deve parar e o momento que ele está liberado para
partir.
"É um momento muito tenso em que
o piloto tem que confiar muito no trabalho dos mecânicos e no sinalizador. Na
pressa um mecânico pode deixar uma roda sem o torque adequado e posso perdê-la
e sofrer um acidente. E o sinalizador tem que estar extremamente atento, para
liberar-me rapidamente, mas com a certeza que o serviço foi completo e de que
posso retornar para a pista sem bater com algum concorrente que está entrando
em seu box, pois nossa visão lateral é mínima", explica o piloto Diego Nunes
(Petronas/Chocolates Garoto).
No pit stop é
permitida a utilização de apenas dois tipos de pistola para torquear a porca da
roda e apenas uma pessoa por vez pode portá-la. Ou seja, normalmente apenas um
mecânico faz esta atividade.
"Outros dois mecânicos fazem o serviço de entrega do novo pneu e retirada
do que está saindo do bólido. Outro fica responsável por levantar
hidraulicamente o carro e outro só pelo abastecimento, que é a primeira
atividade a ser realizada independentemente", afirma Bassani.
Outro detalhe
para a segurança dos membros do time é que nenhum deles pode cruzar a frente do
carro e só podem passar por trás. E os pneus que irão entrar no carro não podem
ficar previamente em suas posições, têm que ficar atrás da linha de pit stop e
são levados na hora de sua troca.
"Tem que ser tudo feito
extremamente rápido, mas com muita segurança, confiança e coordenação. Por isto
treinamos continuamente na oficina, para que este balé todo dê certo na hora da
corrida",
encerra o titular da RC3 Bassani/Petronas/Chocolates Garoto.
A próxima
etapa da Stock Car será no dia 18 de agosto, nas ruas de Ribeirão Preto, no
interior de São Paulo.
A RC3 Bassani
Racing tem os patrocínios de Petronas Lubrificantes Brasil S/A e Chocolates
Garoto S/A.
Mastermidia
João Alberto Otazú
Foto: Luca Bassani
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