Piloto da Aston Martin se envolve em
acidente e abandona 6 Horas de SP
A quebra da
suspensão traseira direita do Vantage, originada pela forte batida recebida por
uma Ferrari, provocou o abandono de Bruno Senna nas 6 Horas de SP, quarta etapa
do Campeonato Mundial de Endurance. A corrida deste domingo em Interlagos
estava a ponto de fechar o primeiro terço quando o Porsche conduzido pelo
alemão Körg Bergmeister freou forte na curva do Laranjinha para evitar o choque
com uma Ferrari da classe AM. Sem espaço, Bruno bateu no Porsche e ainda
recebeu o impacto do carro italiano. "Eu estava no lugar errado na hora
errada", comentou Bruno, que largou em 6º e ocupava a quarta colocação
entre os modelos GTE Pro, cujo vencedor foi a Ferrari F458 dos italianos
Giancarlo Fisichella e Gianmaria Bruni. A dupla chegou apenas 1,5 segundo à
frente do Vantage do alemão Stefan Mücke e do inglês Darren Turner, após uma
batalha acirrada na última hora. Entre os protótipos, deu a dobradinha da Audi,
com o trio do alemão André Lotterer, do francês Benoit Trèluyer e do suíço
Marcel Fassler completando 235 voltas, com três se vantagem sobre o dinamarquês
Tom Kristensen, o francês Loic Duval e o escocês Allan McNish..
Depois da
pancada, Bruno ainda se manteve na pista por mais duas voltas. "Nem sei se
a Ferrari rodou sozinha ou se alguém deu nela", disse, decepcionado com o
episódio. A caminho do Mergulho, no entanto, perdeu o controle do Aston Martin
e saiu da pista. Conseguiu voltar, mas a suspensão arriou. Sem alternativa,
estacionou na ampla área de escape que margeia o circuito naquele ponto.
"Cheguei a pensar inicialmente que era um pneu furado. Só vi que o
problema era mais sério quando a suspensão quebrou de vez", explicou.
A desistência
prematura encerrou a primeira participação de Bruno em uma série de turismo
depois das três corridas pela Fórmula 1 entre 2010 e 2012. E deixou sem
resposta o potencial do Vantage 99, o esportivo da Aston Martin que pilotava em
parceria com o inglês Rob Bell. "O carro estava competitivo. Não era o
mais veloz, porque sofríamos um pouco nas retas com o excesso de asa traseira.
Mas certamente isso traria um prêmio no consumo de pneus e aumentaria nossas
chances", observou.
Bruno disse
ainda que as 6 Horas de SP, incluídas pelo segundo ano consecutivo no
calendário do Mundial de Endurance, deixaram outra lição que precisará ser
entendida nas próximas etapas. "Deu para ver que, mesmo numa corrida de
longa duração, largar na frente é importante para escapar de confusões que
sempre acontecem, principalmente nas relargadas. Além disso, o safety car ficou
tempo demais na pista por causa do acidente com o protótipo da Toyota na Curva
do Sol, a Ferrari do Vilander pegou fogo na minha frente, enfim, aconteceu
muita coisa", continuou. "Foi um fim de semana muito difícil",
resumiu.
Nos próximos
sábado e domingo, ao lado de Stefan Mücke, do inglês Richard Abra e do
australiano Mark Poole, Bruno correrá as 24 Horas de Barcelona pela equipe
oficial da Aston Martin. Nesta segunda-feira, contudo, estará em Santiago do
Chile atendendo a compromissos promocionais do fabricante britânico, que está
comemorando seu centenário em 2013.
Márcio Fonseca (MTb 14.457)
Foto: José Mário Dias
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