Em cenário ideal, brasileiro pode vencer título no domingo;
porém, precisará ser 1º em pista adversa
O domingo
pode ser de título importante para o automobilismo brasileiro. Com 49 pontos de
vantagem na liderança, Hélio Castroneves está perto de faturar a temporada 2013
da Fórmula Indy, seu primeiro na categoria, já que foi vice em 2002 e 2008, e o
primeiro do Brasil na Indy desde que Tony Kanaan faturou a temporada 2004 da IRL.
A missão não
é simples, mas é possível. Com 501 pontos no ano, o brasileiro precisa terminar
a rodada dupla de Houston com 55 pontos de vantagem para derrotar o vice-líder
da temporada, o neozelandês Scott Dixon (452 pontos). Simon Pagenaud (431), Marco
Andretti (430) e Ryan Hunter-Reay (427) também estão na briga.
Para isso,
vencer é fundamental – e este tem sido um problema para Helinho. Ao longo de 16
provas em 2013, o brasileiro da Penske venceu apenas uma (Texas), contra três
de Dixon (Pocono e duas em Toronto) e duas de Pagenaud (uma em Detroit e
Baltimore). Em compensação, Castroneves prima pela regularidade, já que ficou
fora dos dez primeiros apenas em uma etapa nesta temporada (São Paulo).
Com as
pontuações elevadas da Indy, esta regularidade pode ajudar. Em um cenário mais
favorável, o brasileiro pode abrir 97 pontos de vantagem para Dixon – para
isso, Helinho precisaria fazer a pole position e vencer a prova liderando o
máximo possível de voltas (chegando assim a 555 pontos), enquanto Dixon
precisaria ser o último colocado dentre os 24 carros na prova (iria assim 458
pontos).
Tendo em
vista que Castroneves conquistará dez pontos apenas por correr as duas últimas
provas da temporada (outra em Houston, e Fontana), o neozelandês da Ganassi precisaria
conquistar 107 pontos em 108 possíveis para faturar a taça que conquistou em
2003 e 2008 – considerando o confronto direto entre os dois primeiros
colocados, Dixon levaria a melhor no empate por pontos por ter mais vitórias.
Neste cenário
amplamente favorável, bastaria a Helio Castroneves completar a segunda corrida
em Houston em 23º lugar, somando sete pontos, para não poder ser mais alcançado
por Dixon, ainda que o rival vença as duas últimas corridas com pole position e
maior número de voltas lideradas. Detalhe importante: sem abandonos, o piloto
paulista terminou todas as provas do ano entre os 20 primeiros.
Se tudo der
errado, Castroneves precisará correr atrás
No outro
extremo das possibilidades, a rodada dupla de Houston pode ser ruim para
Helinho. Caso o brasileiro seja o último colocado dentre os 24 carros na prova,
somará seis pontos e irá apenas a 507, o que o tornaria presa fácil para Scott
Dixon. Caso vença, com pole position e maior número de voltas lideradas, o
piloto da Chip Ganassi irá a 506 pontos, equilibrando de vez a disputa pelo
campeonato.
Se isso
acontecesse, seria impossível apontar o campeão da temporada na segunda corrida
de Houston, já neste domingo. Se o brasileiro, tricampeão das 500 Milhas da
Indianápolis, devolvesse todo o resultado, retomaria a vantagem de 49 pontos.
Assim, a decisão iria para Fontana - aí sim, com possibilidades matemáticas bastante
favoráveis.
A má notícia:
a pista deste final de semana é um circuito temporário de rua, semelhante ao
que Scott Dixon conquistou suas duas vitórias em Toronto e ao que Pagenaud
venceu em Baltimore. Castroneves chegou a vencer a prova no Texas neste ano,
mas em circuito oval – semelhante ao traçado de Fontana.
Foto: Fernando de Souza
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