Injustiça
Desta vez,
Vettel venceu e não ouviu vaias no pódio, como nas suas duas últimas vitórias,
até porque, o modesto público do GP da Coreia nem seria parâmetro justo para
medir a impopularidade do alemão. Mas, com o tetra cada vez mais próximo, a
torcida obviamente tende a “torcer contra” o piloto da Red Bull.
Qualquer
esporte dominado por apenas um atleta pode ser monótono, mas Vettel está longe
de ser um vilão merecedor de vaias. Não é apenas uma questão de “ter o melhor
carro” – algo que fica evidenciado com tamanho domínio, mas que os outros
queridos campeões também conquistaram seus títulos competindo pela melhor
equipe.
A hegemonia
de Vettel e Red Bull é fruto de um trabalho intenso, desde a contratação do
melhor projetista da atualidade, Adrian Newey, aliado à dedicação de um grande
piloto. Afinal, quando o alemão, ainda uma promessa correndo pela equipe Toro
Rosso, venceu de forma brilhante o chuvoso GP da Itália, em 2008, o time
principal, que estreou em 2005, ainda não havia vencido. A primeira vitória da
Red Bull veio em 2009, com Vettel já promovido na escuderia principal. Coincidência?
Não!
Nos
primeiros dias de teste da F-1 neste ano, fui até Jerez de la Frontera ver os
novos carros em ação: um dos principais assuntos era justamente a ausência de
Alonso, que preferiu seguir no seu intenso trabalho de preparação física.
Vettel estava lá no circuito espanhol e, mesmo no dia em que ele não era o
encarregado de acelerar, estava acompanhando de perto o trabalho de Webber na
mureta do pit lane ou dentro dos boxes.
Dizer que o
alemão só ganha porque tem o melhor carro ou que a equipe tem algo ilegal são
críticas injustas. Óbvio que a Red Bull encontrou uma ótima solução em seu
carro para 2013, em harmonia com os compostos de pneus escolhidos pela Pirelli.
Mais do que
isso: Vettel é tão bom que conseguiu mudar a filosofia de uma equipe que se
vangloriava de dar condições iguais para os seus dois pilotos e hoje pode se
encher de orgulho de ter um grande líder. E que, por isso, não precisa de Kimi
Raikkonen ou Fernando Alonso para 2014...
Rodrigo França
Foto Google
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