Kimi Raikkonen não participará das últimas duas corridas da
temporada de Fórmula 1, no Texas e no Brasil, após decidir operar as costas na
próxima semana.
A decisão encerra as duas temporadas do campeão mundial de
2007 com a Lotus de forma controversa, porque o finlandês avisou a equipe há
uma semana que poderia deixar de correr se seu salário não fosse pago.
Raikkonen vai voltar para a Ferrari no ano que vem, a
escuderia com a qual ele conquistou o título, e já visitou Maranello para
começar a moldar o assento do seu novo carro.
O agente Steve Robertson disse ao jornal finlandês Turun
Sanomat e ao site autosport.com que Raikkonen não poderia atrasar mais a
cirurgia.
"Em um mundo ideal, seria bacana ele terminar a
temporada com a Lotus nas duas últimas provas", disse. "No entanto,
por causa da dor que Kimi está sentindo, infelizmente isso não será
possível."
O Turun
Sanomat disse que ele fará a operação em Salzburg, na quinta-feira, e precisará
de quatro semanas para se recuperar. Raikkonen tem uma dor de longa data nas
costas, que acentuou-se em Cingapura, em setembro, e parece ser um legado da
batida que ele sofreu testando com a Sauber em 2001.
Ele, porém,
também reclamou do atraso de salários da Lotus e disse a repórteres neste mês
no GP de Abu Dhabi que recebeu "zero euros o ano inteiro".
O finlandês
acrescentou que considerou não correr em Abu Dhabi, onde acabou abandonando a
prova na primeira curva após uma colisão que o enviou para o fundo do grid, e
poderia ficar fora das últimas duas provas se o problema não fosse resolvido.
"Você
tem que estabelecer um limite em algum lugar e, se for assim, não é mais minha
culpa", disse Raikkonen.
Não houve
comentários imediatos da Lotus, que está tentando há meses fechar um acordo de
investimento para assegurar seu futuro.
A equipe tem
o italiano Davide Valsecchi, campeão da GP2 no ano passado, como reserva. Se
ele ficar com o carro de Raikkonen nas duas últimas corridas, será o primeiro
italiano no grid desde Jarno Trulli, em 2011.
Por Alan Baldwin
Fonte: Reuters
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