Será Vettel o melhor piloto?
À entrada de
um fim de semana onde pode chancelar a sua nona vitória consecutiva, já não é
fácil encontrar adjetivos para qualificar as prestações de Sebastian Vettel, no
culminar de uma época em que, independentemente do valor do seu Red Bull RB9
face à concorrência, o piloto alemão tem sido pouco menos que perfeito. Então
se obtém a pole position, como já sucedeu oito vezes este ano, é pouco menos
que imbatível.
Para além
disso, e como se viu em Austin, adequa cada vez mais as suas prestações às
necessidades. No GP dos EUA limitou-se a gerir a vantagem depois de ganhar dez
segundos de avanço a Romain Grosjean, reduzindo o andamento nas últimas dez
voltas, de modo a poupar pneus caso necessitasse de voltar a atacar fruto duma
possível entrada do Safety Car em pista. Basicamente, para além do carro,
Vettel parece estar um nível acima dos restantes pilotos, ou então estes, como
Fernando Alonso e Lewis Hamilton, por exemplo, têm carros muito abaixo do Red
Bull RB9. A grande questão de momento é: Será que Vettel tem um carro muito
melhor que a Ferrari e Mercedes, e as suas prestações são fruto disso ou nesta
equação também o cada vez maior valor do piloto alemão cava ainda muito mais a
diferença. Difícil responder.
Mas para
isso, atente-se nas palavras de Gary Anderson ao AutoSport em Abu Dhabi: “O seu
andamento em todo o fim de semana foi muito superior ao de todos os outros. Fez
um erro na qualificação que lhe custou a pole, mas passei parte do segundo
treino livre na curva onde ele errou – a primeira – e garanto que ele acelerava
pelo menos a distância de três carros antes de qualquer outro. O Vettel tem um
feeling muito especial para antecipar quando é que os pneus traseiros vão
começar a patinar em aceleração e passa de caixa milésimos de segundo antes de
isso acontecer. Ele chegava ao limite do corretor já em quinta velocidade, sem
nunca tirar o pé, enquanto o Webber ainda estava em terceira e com a traseira a
mexer-se um pouco... Por isso, desse por onde desse, o Sebastian iria ganhar
aquela corrida porque tem o melhor carro e porque é o que mais partido tira do
material que lhe colocam à disposição. É vendo na pista que se percebe que a
superioridade não é só do carro – é também graças ao seu talento e
adaptabilidade como piloto”, disse. Gary Anderson é um grande especialista de
Fórmula 1, analista e comentador da BBC e também um ex-designer que esteve na
Jordan entre 1991 e 1998, Stewart Grand Prix, Jaguar Racing, novamente na
Jordan em 2002 e 2003, e desde há dez anos para cá tem colaborado com várias
TVs como analista e comentador de F1.
Fonte: http://www.autosport.pt/
Foto: Reprodução / Instagram
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