Ferrari leva títulos de marcas e pilotos no Mundial de Endurance
A quebra do
motor quando restavam menos de 60 minutos para o encerramento da prova roubou o
pódio de Bruno Senna nas 6 Horas do Bahrein, oitava e última etapa do Mundial
de Endurance. Num fim de semana para ser esquecido pela Aston Martin, que chegou
ao Oriente Médio na liderança dos campeonatos de equipes e pilotos e ficou pelo
caminho por causa do mesmo problema em seus dois carros, o italiano Gianmaria
Bruni - desta vez em parceria com o finlandês Toni Vilander - venceu a prova e
se sagrou campeão, elevando a escuderia de Maranello à ponta da tabela entre os
fabricantes. Entre os protótipos LMP1, os mais velozes das quatro categorias da
série organizada pela FIA, o Toyota TS030-Hybrid do trio Stéphane
Sarrazin-Sébastien Buemi-Anthony Davidson levou a melhor na corrida.
Bruno alinhou
o Vantage V8 da Aston Martin na quinta colocação do grid da classe GTE Pro e o
carro nunca pareceu em condições de ameaçar os Porsche 911 RSR e as Ferrari
F458. O plano de ajudar os companheiros Stefan Mücke e Darren Turner a
confirmar o favoritismo e garantir uma conquista sonhada pela casa inglesa no
ano de seu centenário não pôde ser implementado pelo ritmo mais lento que o
modelo exibiu no circuito de Sakhir. Além disso, a pane nos motores - Mücke e
Turner foram os primeiros a abandonar - jogou a derradeira pá de cal na ambição
da equipe. "Foi uma pena, porque mesmo com todas as dificuldades estávamos
a caminho do pódio", lembrou Bruno, que estava pronto para fazer seu
terceiro turno quando o português Pedro Lamy - um de seus companheiros ao lado
do neozelandês Richie Stanaway - encostou com o motor avariado.
Bruno
lamentou que fatores fora de seu controle o tenham alijado da disputa antes
mesmo da etapa de fechamento do calendário. "Foram dois acidentes, um deles
em Interlagos e outro em Le Mans, onde dominávamos com quase dois minutos de
vantagem, que tiraram pontos que fizeram toda a diferença. Hoje, foi o motor.
Sabíamos que não estávamos em condições de brigar com a Porsche e a Ferrari,
mas em nenhum momento forçamos demais", observou o brasileiro, que ocupava
o 3º lugar no instante da desistência e fechou o campeonato em 6º na GTE Pro.
Apesar do
desfecho decepcionante para a Aston Martin, cujo consolo foi a vitória na
corrida e o título na GTE Am, a primeira temporada completa de Bruno Senna nas
provas de longa duração foi positiva. Ele ganhou três corridas - uma na GTE Am
- e largou quatro vezes na pole. Com várias possibilidades para a próxima
temporada, inclusive a renovação de contrato com a Aston Martin, Bruno só
deverá tomar uma decisão em relação ao seu futuro no fim da temporada ou no
início de 2014.
Márcio Fonseca (MTb 14.457)
MF2 - Serviços Jornalísticos Ltda.
Fotos: Divulgação AMR/MF2
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