quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Bernie Ecclestone será julgado por suborno na Alemanha


O tribunal prevê que o chefão da F1 terá de responder às acusações em abril

Ecclestone e Gribkowsky foram acusados de subvalorizar o produto de forma intencional, uma estratégia que serviria para o britânico continuar controlando a categoria

O empresário britânico Bernie Ecclestone, de 83 anos, principal dirigente da Fórmula 1, foi indiciado nesta quinta-feira por um tribunal de Munique, na Alemanha, sob acusação de envolvimento em corrupção. Trata-se de um caso de suborno nas negociações em torno da compra dos direitos comerciais da principal categoria do automobilismo mundial pela empresa CVC. Ecclestone é acusado de pagar mais de 30 milhões de euros de propina ao banqueiro Gerhard Gribkowsky, que já foi investigado, detido e condenado à prisão pelo episódio. Acredita-se que Ecclestone tenha feito o pagamento a um representante do banco alemão BayernLB, que serviu de intermediário nas negociações, para garantir que os direitos comerciais da Fórmula 1 fossem comprados pelo grupo CVC. Enquanto se defende, Ecclestone vai deixar de integrar o conselho de diretores da Fórmula 1.


O britânico admite o pagamento, mas nega o suborno - ele diz ter sido vítima de chantagem por parte de Gribkowsky. O caso chegou à Corte de Munique depois da abertura de uma ação pela empresa Constantin Medien, que alega ter sofrido grandes perdas financeiras depois que a Fórmula 1 passou a ter seus direitos vinculados à CVC, em 2006. Ecclestone e Gribkowsky foram acusados de subvalorizar o produto de forma intencional, uma estratégia que serviria para o britânico, que preside a Formula One Management (FOM) e a Formula One Administration (FOA), continuar controlando a categoria. A data do julgamento de Ecclestone não foi definida, mas um comunicado emitido pela Justiça alemã em Munique indica que o procedimento legal deverá ter início ao fim de abril.

No comunicado que divulgou nesta quinta, o conselho diretivo da F1 garantiu ter a certeza de que o britânico "é inocente das acusações contra si e se defenderá vigorosamente delas". O comunicado também explica que "Ecclestone deve continuar dirigindo as operações diárias" da categoria máxima do automobilismo, apesar de admitir que agora o mandatário estará "sujeito a maior supervisão e controle".



Foto google



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