O
tribunal prevê que o chefão da F1 terá de responder às acusações em abril
Ecclestone
e Gribkowsky foram acusados de subvalorizar o produto de forma intencional, uma
estratégia que serviria para o britânico continuar controlando a categoria
O
empresário britânico Bernie Ecclestone, de 83 anos, principal dirigente da
Fórmula 1, foi indiciado nesta quinta-feira por um tribunal de Munique, na
Alemanha, sob acusação de envolvimento em corrupção. Trata-se de um caso de
suborno nas negociações em torno da compra dos direitos comerciais da principal
categoria do automobilismo mundial pela empresa CVC. Ecclestone é acusado de
pagar mais de 30 milhões de euros de propina ao banqueiro Gerhard Gribkowsky,
que já foi investigado, detido e condenado à prisão pelo episódio. Acredita-se
que Ecclestone tenha feito o pagamento a um representante do banco alemão
BayernLB, que serviu de intermediário nas negociações, para garantir que os
direitos comerciais da Fórmula 1 fossem comprados pelo grupo CVC. Enquanto se
defende, Ecclestone vai deixar de integrar o conselho de diretores da Fórmula 1.
O britânico
admite o pagamento, mas nega o suborno - ele diz ter sido vítima de chantagem
por parte de Gribkowsky. O caso chegou à Corte de Munique depois da abertura de
uma ação pela empresa Constantin Medien, que alega ter sofrido grandes perdas
financeiras depois que a Fórmula 1 passou a ter seus direitos vinculados à CVC,
em 2006. Ecclestone e Gribkowsky foram acusados de subvalorizar o produto de
forma intencional, uma estratégia que serviria para o britânico, que preside a
Formula One Management (FOM) e a Formula One Administration (FOA), continuar
controlando a categoria. A data do julgamento de Ecclestone não foi definida,
mas um comunicado emitido pela Justiça alemã em Munique indica que o
procedimento legal deverá ter início ao fim de abril.
No
comunicado que divulgou nesta quinta, o conselho diretivo da F1 garantiu ter a
certeza de que o britânico "é inocente das acusações contra si e se
defenderá vigorosamente delas". O comunicado também explica que
"Ecclestone deve continuar dirigindo as operações diárias" da
categoria máxima do automobilismo, apesar de admitir que agora o mandatário
estará "sujeito a maior supervisão e controle".
Foto google
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