Piloto
campineiro viaja à Inglaterra no fim do mês para conhecer a equipe
Depois de
testar por três outras equipes no fim do ano passado, o campineiro André Negrão
mudou os planos e acabou assinando com a Arden International para sua temporada
de estreia na Fórmula GP2, cujas 11 rodadas duplas permanecerão atreladas ao
calendário da Fórmula 1 em 2014. Nos ensaios realizados em Abu Dhabi depois do
campeonato, Negrão havia avaliado os carros da Racing Engineering, Carlin e
Hilmer Motorsport. O austríaco Rene Binder será seu companheiro.
A
efervescência do mercado de técnicos e mecânicos provocou a correção da rota
imaginada pelo piloto de 21 anos. "A Carlin parecia a alternativa mais
interessante, mas o engenheiro com quem trabalhei nos testes, e com quem havia
me entrosado bem, aceitou uma proposta da Russian Time. E o telemetrista foi
para a Arden. Com isso, a Arden saiu de segunda para primeira opção",
explicou Negrão. Com a carreira administrada pela Novac Sports, ele deverá se
constituir no único representante do País na principal divisão de acesso à F1.
Criada pelo
ex-piloto Christian Horner, principal dirigente da Red Bull na Fórmula 1, a
Arden está virando uma casa brasileira na GP2. Foi a equipe de Bruno Senna em
seu primeiro ano na série em 2007, marcado pela vitória em Barcelona logo na
terceira etapa, e de Luiz Razia na campanha do vice-título de 2012.
Recentemente, Negrão encontrou-se com Bruno, falou das perspectivas e recebeu o
aval para correr pela Arden. "Ele me disse que a equipe era muito boa,
estruturada e que em nada ficaria devendo à Carlin."
Negrão
viajará à Inglaterra no próximo dia 27 e se apresentará à equipe para fazer o
molde do banco e os ajustes dos pedais. Antes da etapa inaugural, marcada para
o início de abril no Bahrein, a categoria promoverá três dias de testes
coletivos em Abu Dhabi e mais três no circuito barenita de Sakhir, todos em
março. Na visão de Negrão, esses testes serão importantíssimos numa série em
que a limitação de treinos - os pilotos têm apenas uma sessão de 30 minutos
antes das tomadas classificatórias - é um complicador adicional. Há pelo menos
mais um. "Os pneus são extremamente difíceis de lidar. São iguais aos da
F1, mas nesta você pode compensar com uma série de ajustes aerodinâmicos e
mecânicos", lembrou.
Apesar da
pouca idade e da experiência limitada na GP2, Negrão recusa-se a aceitar o
papel de estreante. "Andei três anos na World Series, que em ocasiões
chega a ser mais rápida que a GP2. Espero ser competitivo desde o começo do
campeonato, porque os meus treinos no final de 2013 foram bons. Das seis
sessões, fiquei entre os 10 em cinco. Além disso, conheço todas as pistas,
menos a do Bahrein, onde passaremos antes da abertura do calendário, e a de
Sochi, na Rússia, que estreará na categoria", concluiu.
Márcio Fonseca (MTb
14.457)
Foto divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário