Esclarecimento
O anúncio
do cancelamento do acordo entre as categorias GTPRO Brasil e F-Truck, que
previa a realização de provas conjuntas em seis das oito etapas da F-Truck,
certamente foi surpresa para toda a mídia e público.
Em função
disso, e alimentadas pelo vago comunicado emitido pela F-Truck, inúmeras
teorias são tecidas nas redes sociais e mídias especializadas a respeito dos
motivos da dissociação entre as partes. Assim, fazem-se necessários alguns
esclarecimentos a respeito da decisão da F-Truck e também sobre o citado
comunicado.
Antes,
pontuamos cronologicamente os fatos. Vale lembrar que todo esse trabalho
começou pela iniciativa de um grupo de pilotos e profissionais da área
automobilística, imediatamente após a etapa da Argentina do extinto Campeonato
Sudamericano de Turismo, realizado em outubro do ano passado, quando a antiga
empresa promotora abriu mão de suas funções junto à categoria.
20/01/2014 - Acordo foi firmado entre as partes,
após diversas reuniões para discussão de aspectos comerciais e operacionais;
24/01/2014 - Parceria é informada oficialmente
através de comunicado da assessoria de imprensa da F-Truck;
05/02/2014 - Reunião com pilotos da categoria
para apresentação do projeto 2014, com alto grau de aprovação. Participaram
pilotos como Marcelo Hahn, Duda Oliveira, Fabio Ebrahim, Sergio Laganá, Adolpho
Rossi e outros importantes nomes que atuam na categoria de Gran Turismo
Brasileira;
06/02/2014 - Reunião com pilotos e
preparadores da região Sul do país, realizada em Porto Alegre, com igual
aceitação por parte dos pilotos. Foram pré-confirmados 20 carros no grid para a
primeira etapa, que seria realizada em São Paulo no mês de maio;
10/02/2014 - Rumores indicavam problemas na
parceria, e nos três dias que se seguiram os organizadores da GTPRO Brasil
tentaram insistentemente entender os fatos, pois eles não estavam sendo
colocados claramente e em nenhum momento foram postos em discussão;
13/02/2014 - Foi comunicado o encerramento da
parceria, através de nota da F-Truck. O comunicado traz a seguinte frase: “Por
conta das diferenças de perfil entre as duas categorias e da impossibilidade de
alinhamento comercial entre os patrocinadores dos dois campeonatos, não foi
possível chegar a um acordo para a temporada de 2014”.
Pois bem, a
organização da GTPRO Brasil tem a informar que, sobre o primeiro ponto
apresentado, e como foi dito no primeiro item pontuado acima, houve diversas
reuniões para discussão de aspectos operacionais envolvendo a realização das
provas, o que resultou no acordo. É inadmissível que todo esse esforço tenha
sido em vão, e tudo o que foi conversado seja descartado de forma tão
displicente, e unilateral.
O segundo
ponto é ainda mais intrigante, já que a GTPRO Brasil sequer tem patrocinadores
firmados. A categoria funcionaria em um revolucionário sistema de “planilha
aberta”, modelo onde os pilotos sabem exatamente quais são as receitas e custos
do projeto, e alguns deles adquiririam cotas para custeio das atividades. Ou
seja, a categoria funcionaria como uma espécie de cooperativa. Portanto, está
claro que não há divergências entre patrocinadores.
Falando
agora sobre a realidade dos fatos, é sabido que a F-Truck tem como uma de suas
principais patrocinadoras, uma marca de cervejas pertencente a um grupo que já
foi patrocinador da GT Brasil, há anos atrás. É sabido também que o
relacionamento entre o grupo e a antiga empresa promotora não terminou bem, e
que há rusgas dessa passagem até os dias de hoje.
Tal
situação, alimentada por um grupo de ex-pilotos que deixou a categoria após a
saída da empresa patrocinadora, resultou em pressões sobre a organização da
F-Truck para que a parceria fosse desfeita.
A equipe
organizadora da GTPRO Brasil, formada pelos pilotos Marçal Melo e Alex Fabiano,
e também pelos profissionais Johnny Weisz e Ricardo Fávaro, lamenta imensamente
que fatores pessoais tenham impossibilitado uma das iniciativas mais ousadas e
importantes do automobilismo brasileiro nos últimos anos.
O
desserviço prestado ao esporte com essa atitude recai diretamente sobre toda a
comunidade automobilística, desde os organizadores até os mecânicos e outros
prestadores de serviços que tiram do esporte seu sustento. E, claro, sobre os
fãs da categoria, que já esperavam ansiosamente por seu renascimento.
Informamos,
ainda, que os organizadores da categoria ainda buscam alternativas para a
realização do campeonato em 2014.
MOTORBIZ Marketing
Esportivo
Ricardo Fávaro (MTb 71.380)
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