Após primeiro dia de treinos em Curitiba, palco da segunda
etapa do ano na categoria, piloto e diretor da DF Racing Fans afirma que
"quem tem motor 9l está penalizado pelo regulamento"
Entre as
novidades que a Fórmula Truck apresentou para sua temporada 2014, a mais
polêmica tem sido a retirada dos filtros catalisadores dos caminhões. A medida
- que visava diminuir o número de quebras ao forçar que as equipes reduzissem a
potência dos motores para evitar o excesso de fumaça -, acabou se tornando um
grande problema para os times que usam motores de nove litros. É o caso da DF
Racing Fans, dos pilotos Djalma Fogaça, David Muffato e Raijan Mascarello.
Sem o filtro
catalisador, todos os times se viram obrigados a reduzir a potência de seus
motores para não emitir fumaça negra pelo escapamento. O problema, na visão de
Djalma Fogaça, se deu no momento em que se tirou potência dos motores com menos
capacidade cúbica da categoria.
"A regra foi colocada, mas não
foi testada. Quem anda com motor 9l está muito prejudicado, está punido pelo
próprio regulamento", disse
Fogaça, que chegou a ter o nono melhor tempo desta sexta-feira em Curitiba
(PR), onde a categoria realiza a segunda etapa do ano. Mas ficou com a 15ª
marca por ter excedido a velocidade no trecho de radar durante sua melhor
passagem. "Estamos em uma situação
que, mesmo perdendo muita potência, ainda temos fumaça. Ou seja, precisa
diminuir ainda mais a capacidade do motor. Temos um ótimo caminhão, mas que
agora fica muito para trás nos trechos em que o motor fala mais alto",
relatou Fogaça.
A pista do
Autódromo Internacional de Curitiba é vista como um "termômetro" para
o desempenho dos modelos Ford Cargo usados pela DF Racing Fans. Nesse mesmo
circuito, a equipe fez pole position e venceu a etapa de Curitiba em 2011 - com
Danilo Dirani - e sempre apresentou bons resultados.
"É uma pista para o nosso
caminhão virar 1m40s3. Hoje eu virei uma volta em 1m41s8 que foi um verdadeiro
milagre, pela falta de potência que temos. É impossível acompanhar caminhões
menores, como os Volkswagen, por quê agora eles têm motores 12l. Isso não
acontecia no ano passado. Acho realmente que a categoria precisa fazer uma
revisão do regulamento. Ou todos que andam com motores 9l serão obrigados a
trocar de marca",
disse Fogaça.
Para Raijan
Mascarello, a esperança de os motores 9l terem competitividade na etapa de
Curitiba, é a previsão que aponta chuvas isoladas para o domingo na capital
paranaense.
"O motor não tem potência, não
consegue encher a turbina pela redução de combustível que temos de fazer para
tentar evitar a fumaça. Vamos trabalhar para ter um carro equilibrado para o
domingo e torcer para chover, já que nessa condição a potência não faz tanta
diferença",
disse o piloto mato-grossense.
David
Muffato, por sua vez, evidenciou o potencial dos caminhões, mas ressaltou que a
falta de potência é o grande vilão dos 9l até aqui. "Nos dois últimos trechos da pista, que são feitos em sexta
marcha, nós estamos entre as melhores parciais. Isso significa que o caminhão é
muito bom no contorno de curva. Mas quando precisamos de potência em baixa
velocidade, na saída de uma curva, não conseguimos. Vamos testar uma nova
solução no sábado de manhã, mas certamente é um caminhão de enorme
potencial", disse o piloto paranaense que faz, em Curitiba, sua
segunda prova na categoria.
Neste sábado
a Fórmula Truck terá outras duas sessões de treinos livres e a classificação
que define o grid de largada. A corrida de Curitiba será no domingo, a partir
das 13h. Confira a programação:
Sábado (12)
08h30 às
09h15 - 3º treino livre
10h15 às
11h00 - 4º treino livre
13h00 às
14h30 - treino classificatório
14h45 às
15h15 - Top Qualifying
Domingo (13)
09h00 às
09h30 - Warm up
13h15 -
Corrida
Rafael
Durante (Mtb 48.044)
Foto: Orlei
Silva
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