sábado, 12 de abril de 2014

F-Truck: "Estamos rápidos em boa parte do circuito, mas perdemos muito nas retas", aponta Fogaça

Após primeiro dia de treinos em Curitiba, palco da segunda etapa do ano na categoria, piloto e diretor da DF Racing Fans afirma que "quem tem motor 9l está penalizado pelo regulamento"

Entre as novidades que a Fórmula Truck apresentou para sua temporada 2014, a mais polêmica tem sido a retirada dos filtros catalisadores dos caminhões. A medida - que visava diminuir o número de quebras ao forçar que as equipes reduzissem a potência dos motores para evitar o excesso de fumaça -, acabou se tornando um grande problema para os times que usam motores de nove litros. É o caso da DF Racing Fans, dos pilotos Djalma Fogaça, David Muffato e Raijan Mascarello.

Sem o filtro catalisador, todos os times se viram obrigados a reduzir a potência de seus motores para não emitir fumaça negra pelo escapamento. O problema, na visão de Djalma Fogaça, se deu no momento em que se tirou potência dos motores com menos capacidade cúbica da categoria.

"A regra foi colocada, mas não foi testada. Quem anda com motor 9l está muito prejudicado, está punido pelo próprio regulamento", disse Fogaça, que chegou a ter o nono melhor tempo desta sexta-feira em Curitiba (PR), onde a categoria realiza a segunda etapa do ano. Mas ficou com a 15ª marca por ter excedido a velocidade no trecho de radar durante sua melhor passagem. "Estamos em uma situação que, mesmo perdendo muita potência, ainda temos fumaça. Ou seja, precisa diminuir ainda mais a capacidade do motor. Temos um ótimo caminhão, mas que agora fica muito para trás nos trechos em que o motor fala mais alto", relatou Fogaça.

A pista do Autódromo Internacional de Curitiba é vista como um "termômetro" para o desempenho dos modelos Ford Cargo usados pela DF Racing Fans. Nesse mesmo circuito, a equipe fez pole position e venceu a etapa de Curitiba em 2011 - com Danilo Dirani - e sempre apresentou bons resultados.

"É uma pista para o nosso caminhão virar 1m40s3. Hoje eu virei uma volta em 1m41s8 que foi um verdadeiro milagre, pela falta de potência que temos. É impossível acompanhar caminhões menores, como os Volkswagen, por quê agora eles têm motores 12l. Isso não acontecia no ano passado. Acho realmente que a categoria precisa fazer uma revisão do regulamento. Ou todos que andam com motores 9l serão obrigados a trocar de marca", disse Fogaça.

Para Raijan Mascarello, a esperança de os motores 9l terem competitividade na etapa de Curitiba, é a previsão que aponta chuvas isoladas para o domingo na capital paranaense.

"O motor não tem potência, não consegue encher a turbina pela redução de combustível que temos de fazer para tentar evitar a fumaça. Vamos trabalhar para ter um carro equilibrado para o domingo e torcer para chover, já que nessa condição a potência não faz tanta diferença", disse o piloto mato-grossense.

David Muffato, por sua vez, evidenciou o potencial dos caminhões, mas ressaltou que a falta de potência é o grande vilão dos 9l até aqui. "Nos dois últimos trechos da pista, que são feitos em sexta marcha, nós estamos entre as melhores parciais. Isso significa que o caminhão é muito bom no contorno de curva. Mas quando precisamos de potência em baixa velocidade, na saída de uma curva, não conseguimos. Vamos testar uma nova solução no sábado de manhã, mas certamente é um caminhão de enorme potencial", disse o piloto paranaense que faz, em Curitiba, sua segunda prova na categoria.

Neste sábado a Fórmula Truck terá outras duas sessões de treinos livres e a classificação que define o grid de largada. A corrida de Curitiba será no domingo, a partir das 13h. Confira a programação:

Sábado (12)

08h30 às 09h15 - 3º treino livre
10h15 às 11h00 - 4º treino livre
13h00 às 14h30 - treino classificatório
14h45 às 15h15 - Top Qualifying

Domingo (13)

09h00 às 09h30 - Warm up
13h15 - Corrida


Rafael Durante (Mtb 48.044)

Foto: Orlei Silva

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